Tomás de Aquino

Recém chegado a Artur Nogueira, Aquino trata logo de procurar sua tribo, pois como dizia o impagável Luiz Cândido de Souza, "as égua arisca por si se ajunta". Pintor e músico excepcional e jogador de xadrez nas horas vagas pergunta aqui e acolá a respeito de possíveis adversários para exercer as jogadas aprendidas com Alekhine e Capablanca. Alguém fala do Nei e indica o bairro do Muniz, local para onde incontinenti parte à procura dos parceiros enxadrísticos. Fala com a própria mãe do futuro amigo e este ao chegar de viagem é informado que um senhor muito alinhado e distinto o procurava para falar do nobre jogo. Mas as coincidências não param por aí: no mesmo dia, ou um depois, ao perguntar para o dono da banca de jornais onde freqüenta sobre o mesmo assunto e receber uma negativa, ouve de outro cliente que ali estava o que queria: - "Eu jogo". Era o Martinho, que imediatamente o convida para participar das reuniões. Satisfeito, não só confirma presença como convida seu amigo Marcos Noronha para empreenderem o mister na próxima sexta. Noronha aceita e tímido e reticente, por ser um ilustre desconhecido, bate ao portão do famoso clube da José Amaro, carregando consigo seu jogo de peças. Sózinho. Aquino não aparece.

Comentários

  1. Aquino não aparece e eu, com a cara de pau que Deus me deu, tenho profunda gratidão!
    M.

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