1994 de novo e a equipe de xadrez da cidade estava atingindo o auge do conhecimento técnico. Martinho, Jaime e Ney eram os expoentes. Mas faltava uma vitória de expressão, digamos, internacional. Fomos convidados para um torneio em Cosmópolis pelo meu grande amigo Paulo Bragagnollo. Torneio individual, com alguns jogadores de expressão na região: Fábio Voigt, de Limeira, que dois anos antes havia sido vice-campeão paulista na categorai juvenil, Évio, seu pai, excelente jogador, Odair Bertizolla, Flávio Machado, um garoto de Jales cujo nome não me recordo, bom jogador, outro da Academia de Xadrez de Campinas, um tanto arrogante, os de Cosmópolis: Paulo, Ulisses, Patozan, meu primo Marcelo, e outros tantos de cidades vizinhas. As mesas (dessas de cerveja, de casamento) foram dispostas no salão do Clube Mútuo Socorro e iniciou-se o torneio. No primeiro intervalo, após vencer um jogador que não foi feliz na partida, fui tomar um ar, fumar um cigarro na parte externa do clube e encontrei o tal jogador de Campinas lá fora. Comentando sobre nossas partidas, eu disse que havia vencido e ele que empatou com um jogador muito estabanado, falante, que o atrapalhou muito, se remexendo na cadeira e chegando até a derrubar as peças do tabuleiro, ao bater com o joelho embaixo da mesinha. Curioso, perguntei quem seria o atrapalhado oponente e ele apontou aquele de barba já meio grisalha, de óculos e roupas brancas, parecendo um profissional da área de saúde. Descumprindo o princípio de defender um amigo até o fim, acovardei-me e observei que nunca tinha visto mais gordo (isso é verdade, só o vejo mais gordo hoje em dia). Mas o tal da Academia mereceu, era muito pretencioso. Para completar, o resultado é que arrebatamos o torneio com barba e cabelo, Ney em primeiro, Jaime em segundo e Martinho em terceiro, trazendo para Artur Nogueira todos os prêmios. Bons tempos.
só quero salientar que a mesa encontrava-se um tanto quanto torta, formando uma depressão e ao relar por baixo, ela estufava-se por cima e aí então era só peça qua voava, e isto ocorreu por 3 vezes; o meu oponente ficou bravo porque perdeu e não empatou, aí então a velha justificativa hipócrita.
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