Corria o ano de 1994 na pacata Artur Nogueira, "Berço da Amizade". Sábado ensolarado de verão e os amigos Clóvis, Jaime e Raimundo resolveram aproveitar o dia para jogar algumas amistosas partidas de xadrez no pesqueiro do Wada. Como o "jogo dos reis" prima pela elegância e educação dos parceiros/adversários, as partidas ocorriam em elevado clima de camaradagem, mas o Raimundo aquele dia estava endiabrado, eliminando os oponentes facilmente com suas famosas "raimundadas" (" e eu lá dou bola pra peão perdido?"). Sua superioridade acabou deixando irritado o excelente Clóvinho, principalmente quando se jogava sem relógio, dando maior tempo à reflexão. Em dado momento, após tomarem 1OU2 cervejas, e um número considerável de finais de peões perdidos, o português não se conteve: literalmente "vestiu" o tabuleiro, esse mesmo de madeira que usamos até hoje, na cabeça do infeliz oponente, conterrâneo do grande escritor José de Alencar.
O resultado físico imediato foi apenas um "galo" no cocoruto, mas tenho certeza que, embora Raimundo tenha posto a perna no mundo (por motivos outros) e até hoje não tenha dado ar da graça, tem a cabeça achatada para sempre, devido ao violentíssimo golpe.
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